terça-feira, 24 de novembro de 2009

A história do Doping

História do Doping
O termo doping tem origem na palavra “doop”, que significa um sumo viscoso obtido do ópio e utilizado já desde o tempo dos gregos. A definição actual é standard, mas está sempre a evoluir tendo em conta os avanços da ciência. È geralmente aceite pelas diversas organizações mundiais de saúde e desporto a seguinte: o uso de qualquer substância proibida pela regulamentação desportiva, tendo por fim melhorar o desempenho físico e/ou mental, por meios artificiais.
Ao longo dos tempos que os atletas têm usado substâncias e métodos artificiais para aumentar o seu rendimento e possuírem vantagem desportiva.
Já desde o século III a.C. que os gregos usavam cogumelos alucinogénicos para aumentar a sua performance desportiva. Também os romanos tomavam estimulantes para enfrentar as provas desportivas, sendo que muitos atletas usavam cafeína, nitroglicerina, álcool, ópio e inclusive estricnina.
No entanto, o primeiro caso de doping relatado passou-se em 1886, em que um ciclista inglês morreu de overdose por “trimetil” numa corrida em Bordéus – Paris.
Curiosamente, em 1910 já havia controlo de substâncias dopantes nos cavalos de corrida, mas o controlo em atletas humanos surgiu apenas nos anos 60. Em 1965, Arnold Becker aplicou técnicas de cromatografia de gás para detectar substâncias dopantes e em 1966 já a FIFA controlava os atletas, sendo que em 1968, nos olímpicos de Inverno, já havia uma lista elaborada com substâncias ilícitas.
Actualmente, cada nova descoberta da ciência, cada novo fármaco investigado é também alvo de estudo no sentido de aumentar o rendimento dos atletas de modo ilegal e indetectável. Deste modo, os métodos de detecção têm de estar também em constante evolução, sendo neste caso mais difícil, pois existem métodos muito bons, mas muito dispendiosos, o que torna impossível a sua aplicação em controlo anti-doping. Assim, e como disse o presidente da federação de ciclismo internacional, “existe uma grande percentagem de drogas usadas em doping que não são detectadas”.

TOP 8 - Os casos de doping mais inusitados do esporte

1. Fabio Cannavaro
O capitão da seleção italiana de futebol na conquista da Copa do Mundo de 2006 teve exame antidoping com resultado positivo divulgado nesta quinta-feira após terem sido encontrados traços de cortisona em sua urina. De acordo com o jogador, a substância fazia parte da composição de um antialérgico que ele utilizou após sofrer uma picada de abelha.
2. Richard Gasquet
O tenista francês Richard Gasquet foi suspenso por dois meses em julho deste ano após um exame antidoping encontrar traços de cocaína em sua urina. O tenista alegou que não consumiu a droga, que teria entrado em seu organismo devido a um beijo que deu em uma garota durante uma festa em Miami, nos Estados Unidos, e acabou absolvido pela Federação Internacional de Tênis.
3. Maurren Maggi
A atleta do salto em distância foi suspensa e ficou fora dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo-2003 após ter sido constatada a presença da substância clostebol em exame antidoping. Maurren Maggi alegou que utilizou na pomada cicatrizante Novaderm, aplicada após uma sessão de depilação definitiva, mas não foi absolvida e teve de cumprir a punição.
4. Zetti
Na época em que jogava pelo São Paulo, o goleiro Zetti teve exame antidoping com resultado positivo para cocaína quando estava com a seleção brasileira durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Ele alegou que a substância proibida foi encontrada porque havia bebido chá de coca na Bolívia e ficou livre de suspensão ao convencer as autoridades.
5. Marcelo Melo
Às vésperas de integrar a equipe brasileira da Copa Davis para enfrentar a Áustria, em 2007, o tenista brasileiro Marcelo Melo foi flagrado em exame antidoping que deu positivo para o uso da substância isometepteno. O jogador alegou ter tomado um remédio para dor de cabeça que continha a substância e teve suspensão reduzida pela Federação Internacional de Tênis.
6. Rubens
O lateral-esquerdo foi flagrado em exame antidoping em 2001, quando jogava pelo Palmeiras. O jogador testou positivo para a substância proibida clostebol, presente na pomada Trofordemin, que a esposa de Rubens havia usado antes de uma relação sexual, segundo a defesa apresentada por seu advogado. O mesmo ocorreu com o volante Roberto Brum, quando atuava pelo Fluminense.
7. Jaqueline
A ponteiro da seleção brasileira testou positivo para a substância sibutramina em exame antidoping realizado quando jogava no Campeonato Italiano de vôlei e não pode disputar os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. A jogadora alegou que havia consumido um chá verde para combater celulite que continha a substância proibida, mas não conseguiu a absolvição.
8. Romário
O atacante foi flagrado em exame antidoping realizado durante o Campeonato Brasileiro de 2007 com resultado positivo para o uso de finasterida, substância proibida encontrada em um tônico capilar, que o jogador utilizou para combater a calvície. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu Romário. Outro atleta flagrado pelo uso do tônico foi Marcão, defensor do Palmeiras.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Doping nos esportes

(...)"Um ser humano perfeito, imbatível, capaz de quebrar recordes e acumular vitórias. Para alcançar esse objetivo, muitos atletas utilizam métodos ou substâncias proibidas"(...)

Esta situação descrita na citação acima demonstra de forma bastante resumida a maneira pela qual os atletas encaram o esporte na atualidade, sendo o desejo de alcançar o status e o prestígio que o mesmo pode proporcionar o principal objetivo destes atletas, e para atingir tal objetivo o corpo humano é utilizado como principal instrumento, recebendo injeções de substâncias que de alguma forma estimulam e auxiliam na melhoria do rendimento por parte destes atletas esportivos.


O presente artigo tentará mostrar de forma bastante clara e objetiva algumas destas substâncias usadas por atletas na melhoria do rendimento, os esportes onde são utilizadas com maior frequência e quais efeitos tais substâncias podem provocar ao organismo, sendo o conteúdo aqui descrito de grande valia para que atletas e pessoas interessadas no assunto possam entender como funcionam estas substâncias e se realmente vale a pena fazer uso delas para tentar atingir um melhor desempenho físico no esporte que pratica.

1) Classes de substâncias dopantes:

No esporte a grande maioria das federações esportivas do mundo adota uma lista de classes e métodos de substâncias dopantes. Tal lista apresenta estas substâncias divididas em cinco classes: estimulantes, analgésicos narcóticos, agentes anabolizantes, diuréticos e hormônios peptídicos e análogos. A partir de agora este artigo tentará mostrar como estas substâncias atuam, ou seja, de que forma elas auxiliam os atletas na melhoria de seu rendimento, e quais os efeitos que tais substâncias podem provocar ao organismo.

2) Estimulantes:

Os estimulantes são substâncias que apresentam um efeito direto sobre o sistema nervoso central, já que aumentam a estimulação do sistema cardíaco e do metabolismo. Os principais esportes onde encontramos atletas que fazem uso destas substâncias são o basquetebol, o ciclismo, o voleibol e o futebol.

Os maiores exemplos de estimulantes disseminados no esporte são as anfetaminas, a cocaína, a efedrina e a cafeína. Estas substâncias são usadas para conseguir os mesmos efeitos da adrenalina tal como o aumento da excitação. Além disso podem ainda aumentar a capacidade de tolerância ao esforço físico e diminuir o limiar de dor.

Apesar destas consideráveis vantagens que os estimulantes podem trazer aos atletas para que estes melhorem o seu rendimento, estas substâncias podem provocar alguns efeitos secundários potencialmente prejudiciais ao organismo tais como a falta de apetite, a hipertensão arterial, palpitações e arritmias cardíacas, alucinações e diminuição da sensação de fadiga. Além disso em alguns casos os estimulantes podem provocar a morte de alguns atletas; um exemplo deste último efeito acontece no caso de um atleta que precisa competir durante longos períodos de tempo com temperaturas e taxas de umidade elevadas. A temperatura corporal deste atleta tende a subir facilmente, porém devido aos estimulantes torna-se difícil para o organismo desencadear o processo de refrigeração. Assim o coração e outros órgãos, como o fígado e os rins, são prejudicados, podendo este fato causar a morte.

Como podemos ver, os estimulantes são substâncias que geram vários efeitos ao organismo e dentre eles um potencialmente nefasto: a morte. Portanto entendemos que o uso de tais substâncias deve ser evitado no que se refere apenas a melhoria do rendimento, pois não vale a pena utiliza-las indiscriminadamente e correr o risco de sofrer tais efeitos tão prejudiciais ao organismo humano.

3)Analgésicos narcóticos:

Analgésicos narcóticos são substâncias proibidas no esporte e estão representados pela morfina, petidina e substâncias análogas. São compostos derivados do ópio e que atuam no sistema nervoso central diminuindo a sensação de dor, sendo por esse último efeito o motivo pelo qual são utilizados por atletas, principalmente em esportes de bastante resistência como a maratona e o triatlon.

Este efeito de "mascaramento" da sensação de dor que os analgésicos narcóticos provoca pode ser prejudicial aos atletas, pois a ausência ou diminuição da sensação dolorosa pode levar a que um atleta menospreze uma lesão potencialmente perigosa, levando ao seu agravamento. Outros efeitos prejudiciais destas substâncias ao organismo são a perda de equilíbrio e coordenação, náuseas e vômitos, insônia e depressão, diminuição da frequência cardíaca e ritmo respiratório e diminuição da capacidade de concentração.

Como acabamos de observar, os analgésicos narcóticos, assim como os estimulantes, podem provocar os mais variados prejuízos ao organismo não sendo, portanto, recomendado o seu uso sem uma prescrição por um médico especialista.

4) Agentes anabolizantes:

Os agentes anabolizantes ou esteróides anabólicos são compostos derivados de um hormônio masculino, a testosterona. Quando administrados no organismo estes compostos entram em contato com as células do tecido muscular e agem aumentando o tamanho dos músculos. Os principais esteróides anabolizantes são a nandrolona, o estonozoil, o anadrol e a própria testosterona, sendo estes alguns dos inúmeros produtos que existem no mercado na atualidade.

Quando tomados em doses altas os anabolizantes aumentam o metabolismo basal, o número de hemáceas e a capacidade respiratória. Estas alterações provocam uma redução na taxa de gordura corporal. As pessoas que os consomem ganham força, potência e maior tolerância ao exercício físico, sendo principalmente por causa destes últimos efeitos que os anabolizantes disseminaram-se tão rapidamente no meio esportivo, destacadamente em atletas como halterofilistas, lutadores de artes marciais e eventualmente em todos os tipos de esporte que envolvam força explosiva. São utilizados igualmente por pessoas que querem um corpo mais musculoso.

Estudos científicos mostram que o uso inadequado de anabolizantes pode causar sérios prejuízos a saúde, tais como o aumento da agressividade, comportamento anti-social, alterações permanentes das cordas vocais em mulheres (a voz fica mais grave), aumento do músculo cardíaco e uma possível consequência de infartos em jovens, aumento da produção da enzima transaminase, atrofia dos testículos e dor no saco escrotal, ginecomastia (crescimento das mamas nos homens), esterilidade feminina e masculina, crescimento excessivo de pêlos nas mulheres, aumento na massa muscular pelo depósito de proteínas nas fibras musculares, redução do bom colesterol (HDL) e aumento do mau colesterol (LDL), aumento do número de hemáceas jovens e diminuição dos glóbulos brancos, hipertensão arterial etc., a lista dos prejuízos é extensa e incompleta porque, como não há controle, os jovens e atletas usam doses cavalares de drogas e efeitos colaterais desconhecidos ainda podem aparecer. Na medicina a indicação de anabolizantes se restringe a pouquíssimos casos. Muitas vezes são utilizados para o tratamento de anemias, da osteoporose (diminuição da densidade óssea), em casos de hipogonadismo (baixa produção de testosterona por parte do homem) e também em casos de doentes com câncer terminal que muitas vezes se utilizam destas substâncias para ganhar peso.

No caso dos atletas de competição, percebemos que o uso de anabolizantes por parte destes atletas é realizado de forma indiscriminada e, em alguns casos, orientado por próprios profissionais da área de educação física. Assim sendo, podemos perceber o quanto será fundamental a compreensão das informações aqui contidas para que assim possamos combater tal uso de produtos proibidos enquanto prevalecerem as regras atuais do esporte.

5) Diuréticos:

Os diuréticos são drogas que aumentam a formação e a excreção da urina. Os principais exemplos de diuréticos que encontramos disseminados no esporte são o triantereno e a furosemida, sendo que estas substâncias são utilizadas por atletas esportivos em decorrência de dois fatores que podem provocar: perda de peso e mascaramento de doping.

No caso do efeito da perda de peso citado anteriormente, estas substâncias são usadas de modo a reduzir rapidamente a massa corporal de atletas participantes de esportes onde há categorias de pesos. O boxe, o judô, o halterofilismo e o karatê são alguns exemplos destes esportes. Também são utilizados como tentativa de aumentar a excreção urinária e com isso eliminar mais rapidamente eventuais substâncias dopantes, caracterizando assim o efeito de mascaramento do doping citado anteriormente.

Além destes dois efeitos principais os diuréticos podem causar alguns efeitos secundários prejudiciais ao organismo tais como, a desidratação (diminuição de água no corpo), cãibra muscular, diminuição do volume sangüíneo, doenças renais, alterações do ritmo cardíaco e perda acentuada de sais minerais.

Assim como os estimulantes, um efeito potencialmente prejudicial que os diuréticos podem proporcionar é a morte em atletas, em decorrência de problemas ao nível cardíaco e renal, sendo por esse motivo que o uso não controlado pode ser extremamente perigoso. Na medicina são usados como drogas para controlar a hipertensão arterial, diminuir edemas (inchaços), ou para combater a insuficiência cardíaca congestiva (doença originada pela falência do coração)

6) Hormônios peptídicos e análogos:

Os hormônios peptídicos e análogos são substâncias que atuam no organismo de modo a acelerar o crescimento corporal e diminuir a sensação de dor. A gonadotrofina coriônica humana, o hormônio do crescimento, o hormônio adrenocorticotrófico e a eritropoetina são alguns exemplos destes hormônios que a partir de agora serão detalhados um por um para podermos perceber o quanto são importantes ao organismo tanto pelos efeitos positivos como pelos negativos que podem causar.

"A Gonadotrofina coriônica humana (HCG) é um hormônio sintetizado pelos tecidos cariônicos da placenta e é extraído e purificado da urina de mulheres grávidas" (BOMPA e CORNACCHIA, 2000).

Este hormônio aumenta a produção de esteróides endógenos e o seu uso por atletas deve-se a sua capacidade de proporcionar o aumento do volume e potência dos músculos, sendo por essa razão é utilizada principalmente em esportes que exijam treinamento de força. Pode causar efeitos secundários potencialmente nefastos ao organismo tais como a ginecomastia e alterações menstruais e mulheres. Na medicina, o HCG é utilizado como componente do tratamento para estimular a ovulação em mulheres hipogonadotróficas e para estimular a espermatogênese em homens, sendo estes os dois principais modos de utilização em casos clínicos.

Outro hormônio bastante importante é o hormônio do crescimento (GH). Este hormônio é sintetizado intensamente pelos seres humanos até o final da puberdade quando se verifica uma estabilização do crescimento ósseo e por esse motivo trava-se a produção dele por parte do organismo, daí quando usado pelo adulto o ganho de performance é pequeno. A sua ingestão proporciona o aumento significativo de vários tecidos e entre estes está o tecido muscular sendo por esse motivo que atrai os atletas de força e velocidade. É possível que o uso prolongado de quantidades excessivas do hormônio do crescimento exógenos possa produzir alguns efeitos colaterais prejudiciais ao organismo tais como a acromegalia (crescimento desmedido das mãos, pés e cara), alteração no formato da face, alterações na voz, intolerância à glicose, hipogonadismo, compressão de nervos periféricos, hipertrofia cardíaca e doenças articulares. Outros efeitos bastante importantes que podemos citar incluem a estimulação da lipólise (oxidação de lipídios), aumento da síntese de colágeno e aumento da absorção de cálcio e fosfato.

Mais um hormônio que merece destaque é o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), substância que aumenta o nível endógeno de corticoesteróides (GRAÇA e HORTA, 2001). O uso de ACTH dar-se com a finalidade de recuperação tecidual, sendo por esse motivo que é utilizado por atletas praticantes de atividades intensas cuja recuperação precisa ser acelerada; porém, se usado por períodos prolongados pode provocar enfraquecimento muscular acentuado. Dentre os principais efeitos que pode causar ao organismo destacam-se a insônia, a hipertensão arterial, diabetes, úlceras gástricas, perda de massa óssea e dificuldades de cicatrização das feridas.

Por último destacaremos um hormônio conhecido como eritropoetina, a droga mais usada por ciclistas, triatletas, maratonistas e outros esportes de resistência. Este hormônio promove o aumento do número de glóbulos vermelhos (hemáceas) no sangue e desse modo proporciona um maior transporte de oxigênio para as células. Com o seu uso, o atleta tem o seu consumo de oxigênio aumentado e, consequentemente, capacidade de exercer uma intensidade de esforço maior se utilizando do metabolismo aeróbio para a produção de energia. Dentre os principais efeitos causados pelo uso deste hormônio destacam-se o aumento da viscosidade sangüínea em decorrência do aumento do número de hemáceas no sangue, a hipertensão arterial, possíveis infartos do miocárdio e cerebral, embolia pulmonar e convulsões.

Como acabamos de perceber nesta presente descrição os hormônios, assim como todas as outras substâncias dopantes citadas, causam muito mais efeitos prejudiciais do que benéficos ao organismo sendo por esse motivo que entendemos que o uso de tais substâncias deve ser evitado plenamente, pois acreditamos que todos os atletas podem realizar seus respectivos esportes sem fazer uso de drogas e com isso evitar problemas à saúde e até financeiros que tendem a ocorrer com atletas esportivos que usufruem de tais substâncias. Desse modo concluímos que os praticantes de atividades físicas levarão uma vida muito mais saudável e preservarão a imagem de vencedores legítimos a qual construirão em seus respectivos esportes.

7) Doping genético:

Segundo especialistas da área de doping no esporte algumas técnicas genéticas poderão ser usadas em um futuro bem próximo com mudanças da constituição genética que poderão significar ganho de força explosiva e resistência de força. Segundo eles, duas formas de mudanças genéticas deixam as autoridades mais atentas agora. Uma delas é o estímulo à produção de hormônios por meio de alteração dos genes, e isso se dá do seguinte modo: injetam-se no corpo do atleta vírus ou proteínas modificadas geneticamente para induzir o mesmo a acelerar a produção interna de hormônios e com isso melhorar sua performance. A outra maneira que os atletas podem beneficiar-se geneticamente consiste em alterações na parte genética de modo a adequar a estrutura do corpo do desportista às necessidades de seu esporte. Se é um velocista ganha mais fibras de contração rápida e se é um maratonista, por exemplo, recebe mais fibras de contração lenta. Segundo Eduardo de Rose, maior especialista brasileiro nesta área, este segundo passo ainda está um pouco distante. Ele explica que se há doping genético hoje ele se dá pela produção de hormônios a partir de estímulos.

Como percebemos, o doping no esporte cada vez mais evolui com o objetivo de tentar burlar as leis e controles que existem no esporte na atualidade. Na verdade, como educadores físicos temos que encarar estes fatos como estímulos para também evoluirmos com a tecnologia e com estudos voltados para assuntos ligados a nossa área, tal qual o próprio doping no esporte, e não somente ficarmos restritos a aulas práticas que desenvolvem corpos mais musculosos e que geram atletas campeões.

Considerações finais:

O artigo exposto anteriormente teve como objetivo principal realizar uma breve descrição sobre o doping no esporte, principalmente abordando as substâncias dopantes disseminadas no meio desportivo e alguns aspectos destas substâncias tais quais sua divisão em classes, como atuavam cada uma delas, em que esportes eram mais utilizadas e quais efeitos provocavam. Também buscou-se falar rapidamente sobre um novo tipo de doping que está surgindo no esporte: o doping genético. Entendemos que tais objetivos foram atingidos , apesar de reconhecermos que o assunto não foi abordado em toda a sua plenitude já que existem outras substâncias dopantes disseminadas no meio desportivo tais como os beta bloqueadores, os analgésicos locais, a marijuana etc. Porém, entendemos que as informações aqui contidas serão de grande valia para pessoas interessadas no estudo deste assunto assim com também acreditamos que a realização de tal artigo contribuiu de forma significativa para a consolidação de uma melhor compreensão sobre tal conteúdo.

Caso Daiane dos Santos

brasileira Daiane dos Santos foi flagrada em um antidoping realizado em julho deste ano. A Federação Internacional de Ginástica (FIG) divulgou, nesta sexta-feira, que o exame da ginasta deu positivo para a substância proibida furosemida, um tipo de diurético.

O site da FIG informa que Daiane já foi notificada, e que o caso foi submetido à comissão disciplinar da entidade. A ginasta tem até o dia 13 de novembro para pedir uma audiência e dar suas explicações.



Depois desta data, a comissão da FIG vai enviar suas conclusões para a comissão presidencial da entidade, que tomará uma decisão sobre a punição da brasileira. Se condenada, Daiane pode ser suspensa das competições por um período de até dois anos. A atleta terá 21 dias para recorrer ao Tribunal de Apelações da FIG.



O Pinheiros, clube de Daiane dos Santos, distribuiu um comunicado na tarde desta sexta, alegando que a ginasta estava inelegível para a realização de exames antidoping desde 23 de outubro de 2008, data em que a atleta foi excluída da seleção brasileira permanente de ginástica.



Segundo o clube, cabia à Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) notificar a FIG que Daiane se encontra em recuperação clínica , o que evitaria a abertura de um procedimento investigatório.



O advogado da ginasta, Cristian do Carmo Rios, também afirmou acreditar que ela tenha sido selecionada irregularmente para o teste.

O que é o Doping Genético

http://www.youtube.com/watch?v=etwcZ-_7jYgDoping Genético
É a preparação laboratorial de células humanas que permitem reacções endógenas que ajudam a uma melhor performance física. Por outras palavras, é fazer batota (como é sempre quando se fala de doping), mas desta vez sem ter, sequer, que recorrer a substâncias ilícitas, provocando a formação de uma substância dopante no próprio corpo. Como essa produção é fisiológica, não exigindo a ingestão ou injecção de substâncias proibidas, o doping genético é invisível e indetectável. Mas ainda mais eficaz.
O doping genético é um dos maiores desafios do combate à dopagem. O conceito surgiu formalmente em 2003, na lista adoptada pela Agência Mundial Antidopagem e assume-se como umas das prioridades para os novos tempos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Como é feito o exame antidoping?


Ele acontece logo depois das provas. Todos os testes são feitos a partir de amostras de urina. E há basicamente quatro tipos de substâncias proibidas. Elas começam pelos estimulantes, que excitam o sistema nervoso. É o caso das anfetaminas. Mais comuns são os anabolizantes. Usados durante os treinamentos físicos, eles alteraram o metabolismo, fazendo a massa muscular crescer mais do que o normal. Outra categoria proibida é a das substâncias calmantes, que inclui álcool e maconha. O problema é que, em pequenas doses, elas relaxam os nervos. E isso pode dar alguma vantagem em competições como o tiro.

Diuréticos, que eliminam água do organismo, também são vetados. É que eles servem tanto para tirar vestígios de doping como para diminuir o peso de lutadores que tentam competir em categorias de peso abaixo das suas. Além do uso de drogas, enfim, há mais três proibições: injetar sangue, que dá mais fôlego por aumentar o número de glóbulos vermelhos, manipular saquinhos de urina - por motivos óbvios - e o doping genético - estímular órgãos e tecidos com proteínas ou vírus modificados. Isso, na verdade, ainda não foi bem desenvolvido, mas, virtualmente impossível de ser detectado, tem tudo para vingar.

Xixi indiscreto
Testemunhas conferem se a urina é legítima
1. Nos esportes individuais, como o atletismo, os quatro primeiros colocados de cada modalidade são convocados para o exame. Nos coletivos são escolhidos aleatoriamente alguns integrantes das equipes vencedoras. O número de testes sempre aumenta nas provas finais

2. A equipe que coleta a urina pode incluir membros do COI, representantes da federação do atleta e médicos. O sujeito preenche um formulário com o nome das substâncias que teria consumido. E escolhe um frasco vazio para urinar

3. Pelo menos um dos representante do COI deve olhar o atleta fazendo xixi. Não vale pedir licença ou se esconder enquanto enche o frasco - no mínimo 65 ml. Se o examinado ficar constrangido, pode levar um acompanhante

4. O frasco é enviado para um laboratório. E o resultado vai para o presidente do Comitê Antidoping do COI. Só ele tem a lista que relaciona o laudo ao atleta. Se der positivo, pede-se uma contraprova. Se o resultado for o mesmo, o atleta é desclassificado

Efeitos Colaterais

Como sabemos, o uso ABUSIVO de esteróides anabolizantes pode trazer diversos efeitos colaterais. Assim sendo, citamos a seguir os mais comuns:

-Calvície;
-Hipertrofia prostática;
-Acne;
-Agressividade; Hipertensão arterial;
-Limitação do crescimento (no caso de crianças pré-púberes);
-Hipercolesterolemia;
-Virilização (principalmente em mulheres);
-Ginecomastia;
-Dores de cabeça;
Impotência, esterilidade e atrofia dos testículos;
-Insônia;
-Hepatotoxidade;
-Problemas de tendões e ligamentos;
-Problemas renais e
-Mudanças no sistema imunológico


Guerra Metabólica - Manual de Sobrevivência
Rodolfo Anthero de Noronha Peres
Waldemar Marques Guimarães Neto